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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Cateterismo, ou CAT para os íntimos. Podia ser chamado de milagre há poucos anos

\Não é um roto rooter em que um cabo flexível é enfiado numa tubulação hidráulica e devidamente operado recupera a circulação tal com se nunca tivesse sido obstruída.

O cateterismo em seres humanos faz exatamente a mesma coisa. Um cateter inserido numa artéria é empurrado até chegar ao coração e suas artérias.

O cateter tem uma câmera na ponta, luz intensa e o operador vê tudo com padrão FIFA.

Até 20 anos isto não podia ser feito sem abrir o peito do entupido, sem parar a circulação , sem ter um campo claro e bem iluminado , pois a sangueira tornava o ambiente uma imitação do MASH em que o operado  era a atração.

O nome STENT não recente e teve origem em 1856 com um dentista escocês que inventou um dispositivo para introduzir na boca de pessoas com a face , imaginou que podia resolver problemas de estreitamentos e obstruções dos vasos se conseguisse colocar nestas obstruções uma rede metálica- que pudesse ser levada até o ponto com o entupimento com o cateter - e quando estivesse no local a rede encharcando-se de sangue se tornava numa gaiola resistente que reabria o vaso para alegria do entupido-que ficava bom.
Tempo destapoderação : uns 20 minutos em que o operado pode até sair

sexta-feira, 20 de março de 2015

HOT DOGS SÃO CULTURA, COM GOSTO DE HISTÓRIA E SABOR QUE VEM DA MEMÓRIA


Tad Dorgan foi o cartunista que tornou o  hot dog um sanduíche global. 
Nos anos 50 do século passado surgiu o hábito de se comer cachorro quente em carrocinhas à beira mar.

Cachorro quente famoso havia o do Bob's também fundado nos anos 50 que despertou um novo apetite dos cariocas com sanduiches de queijo quente, mistos, salada de ovo, batatas fritas, laranjada com gominhos (dando a impressão de ser nova e recém espremida) , malted milk, sundaes, queijo com banana, sorvetes com marsmellow,  e outras delícias que logo foram chamadas de fast foods.

Comia-se em pé, nos balcões depois de pagar o que se queria na caixa.

O normal até aquele tempo era pagar-se (com gorjeta) depois de comer.

As carrocinhas de cachorro quente empurradas pelos seus donos que eram também os responsáveis pela fast-food mais rápida que se pudesse imaginar.

Os cachorros quentes de salsichas sempre imersas em água fervente postas em pães macios e que podiam receber dois tipos de molhos: ketchup e mostarda.

Havia nas carrocinhas Coca Cola para completar a refeição fastíssima.

A marca nas carrocinhas era Geneal, que qualificava e garantia que o cachorro quente era diferente (e melhor) do que qualquer outro. Carrocinhas podiam ser preparadas para vender cachorros quentes, mas cachorro quente Geneal só era encontrado nas carrocinhas Geneal.

Quando comia o meu cachorro quente jamais podia imaginar que estava saboreando uma iguaria inventada na Babilônia por volta de 1500 AC.

Quando os gregos romanos comeram as suas primeiras salsichas já estavam comendo uma delícia com quase 2000 anos.

Charles Panati, o autor do livro sobre a origem de tudo o que você possa imaginar, informa que um livro de receitas romanas do ano 228 da nossa era a salsicha era o principal prato servido nas Lupercalias, uma festa em homenagem ao deus Lupercus, um deus pastoral celebrado por cuidar da iniciação sexual dos que precisavam de obter uma iniciação sexual.

As salsichas eram feitas exatamente como as de hoje. A diferença é que em vez de um envoltório sintético e comestível de hoje as salsichas eram carne, gordura, e sangue espremidos e enfiados em intestinos lavados, e fechados com fios que garantiam a qualidade do conteúdo pelo menos por alguns dias.

 Não havia nem gelo, nem geladeiras e cada um tinha de buscar formas para conservar alimentos.

Os intestinos lavados dos animais mortos eram também comestíveis, flexíveis e resistentes.

Nas Lupercalias, celebradas em fevereiro antecipando os festejos do Carnaval  ,eram o momento certo para a iniciação sexual de quem precisava disto. E a iniciação implicava na prática de atos sexuais

Em Roma as camisas de Vênus já estavam sendo usadas para evitar filhos e doenças e eram feitas exatamente como as mesmas tripas. E  deviam envolver  o pênis e eram fechadas com cordões.Numa ponta e na base proporcionando também atos mais prolongados.

Diante da popularidade dos costumes sexuais é bom lembrar que ao deparar com um animal abatido havia muito mais gente interessada muito mais nas camisas de Vênus, do que nas outras partes do animal morto.

À partir dos romanos e da expansão de seu império pelo resto da Europa todas as cidades criaram as suas próprias salsichas.. Viena, Frankfurt que obtiveram o reconhecimento do mundo no século XIX, justamente quando a América iniciava os seus anos dourados de invenções para o prazer de novos imigrantes europeus.

Foi em Coney Island em Nova York onde as diversões para multidões incentivaram a abertura de restaurantes que um  fabricante de tortas em sua padaria,sócio um alemão de Frankfurt Iniciou a histórfia do nosso hot dog. . Foi o sócio alemão Antoine Feuchtwanger .que popularizou a ideia da salsicha enfiada no pão.

Para concorrer com os restaurantes onde eram servidos pratos quentes o sócio dele, Charles Feltman , inventou o negócio de vender salsichas quentes em pães macios., e delineou o nome de hot dogs para o sanduiche.

Um boy contratadso por eles chamado de Nathan Handwerker, decidiu começar o seu negócio, vendendo os sanduíches pela metade do preço dos seus inventores . E cada vez mais pontos de venda. E uma outra invenção brilhante:  nas suas carrocinhas os médicos do Hospital de Coney Island comiam de graça desde que usassem a sua roupa branca e tivessem um estetoscópio pendurado no pescoço.

Aqueles médicos com suas inconfundíveis roupas brancas chamavam a atenção para as carrocinhas de Nathan. E a preferência dos médicos transformou-se num projeto de merchandising antes da palavra ser inventada .

Os sanduíches ganharam mais fama e passaram a ser vendidos em estádios de baseball como os sanduíches com red hot de salsichas de frankfurt com o formato semelhante ao de cachorros dashhound .

Logo chamados de dogs, muito mais fácil de dizer.

Com estas invenções oportunísticas as salsichas da Babilônia passaram a se chamar no mundo inteiro de hot dogs.

Pesquisei esta história ao sair de um cinema no Shopping Mall de São Conrado quando topei com um quiosque com cachorros quentes marca Geneal, muito bons, muito bem atendidos pelos dois funcionários da Geneal.

Me perguntei então quando havia começado a venda dos hotdogs no Rio e cheguei a esta história:

1. É antigo paca.
2. Sócrates, Aristóteles, Platão e Homero já comiam salsichas.
3. Roma levava os primeiros foliões no "Carnaval" das Lupercalias a se interessarem por usos sensuais das salsichas.
4. O império romano incentivou a produção de salsichas em dezenas de suas cidades na Europa.
5. Os alemães levaram as salsichas para os Estados Unidos.
6. Foi lá que o nome hot dog foi inventado e popularizado.
7. No Rio e no Brasil o uso do nome hot dog começou no Bobs
8. Caiu na boca do povo nas carrocinhas Geneal.
9. Agora o que eram as carrocinhas virou quiosque num shopping sofisticado.
10. Toda esta raça histórica que consumiu salsichas ao longo de seus quase 3000 anos iriam festejar o hot dog do Geneal de hoje...



quarta-feira, 31 de julho de 2013

O RIO NÃO TEM EXPLICAÇÃO.E SE VOCÊ BUSCA POR ELA É QUE NUNCA VAI MESMO ENTENDER

POR MAIS QUE VOCÊ QUEIRA UMA EXPLICAÇÃO LÓGICA PARA O SUSO DO PAPA FRANCISCO NUMA CIDADE ESTREANTE EM MEGAPROTESTOS NÃO VAI ACHAR.

DEVE HAVER UMA ALMA CARIOCA MESMO.

AQUI COMEÇOU A PRÓXIMA GRANDE EVOLUÇÃO DA IGREJA CATÓLICA NO MUNDO.

VAMOS ACOMPANHAR OS PRÓXIMOS PASSOS...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Gênio da Lâmpada existe. Você pode fazer TRÊS PEDIDOS A ELE. EM CINCO MINUTOS. O QUE VOCÊ VAI PEDIR?

O QUE ESTÁ ACONTECENDO AGORA NO BRASIL - MUITA GENTE PEDINDO MUITA COISA - JÁ SE PRENUNCIOU NO OCCUPY WALL STREET.

O MUNDO ESTÁ CANSADO DE VIVER DE EXPECTATIVAS, QUER VER REALIZAÇÕES. TANGÍVEIS AO ALCANCE DE SUAS MÃOS.

ISTO FOI SEMPRE UM CAMPO MÁGICO. 

O GÊNIO DA LÂMPADA DO ALADIM ERA O ÚNICO RECURSO PARA OBTER ESTES MILAGRES POR UM PASSE DE MÁGICA.

AO VER O QUE ESTÁ SENDO PEDIDO POR TODOS OS PARTICIPANTES - INCLUSIVE OS BANDIDOS QUE PERCEBEM COMO FICOU FÁCIL ROUBAR NUMA ATITUDE POLITICAMENTE CORRETA - SONHEI COM UM GÊNIO E ELE ME SUBMETEU AO DESAFIO:

- ESTOU AQUI CARA, E ESTOU PRONTO A ATENDER A TRÊS PEDIDOS SEUS. TEM DE SER EM CINCO MINUTOS SENÃO EU SUMO E VOCÊ PERDE A CHANCE !!!

PASSO O PROBLEMA PARA VOCÊ 

QUAIS SÃO OS SEUS TRÊS PEDIDOS?

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Na Holanda , a maldição da prece atendida. O QUE FAZER COM TANTAS BICICLETAS?


A Holanda ocupa um lugar privilegiado na nossa percepção do mundo.

A começar pela ideia de que tudo aqui seria diferente se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses.

Dou graças a Deus, sempre que ouço este desejo frustrado de pessoas que acham que os portugueses foram muito inadequados.

Não foram, mas isto é outro papo.

Vi hoje esta foto no NYT e perdi a matéria em que os holandeses estão chegando à conclusão de que há um momento para parar com a compra, uso e valorização da bicicleta.

Uma foto vale mais do que 1000 palavras.

Se quisessem me submeter a uma tortura infernal bastaria me obrigar a fazer a busca de minha bicicleta neste mar nunca dantes navegado.

A minha questão é se no devido tempo uma coisa como esta poderia acontecer por aqui.

Se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses garanto que já estaríamos de bicicletas até o teto.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Cafés do Rio mudaram muito e chegaram hoje ao Starbruck

O Rio de Janeiro no século 20 foi a grande cidade dos cafés.

As pessoas os frequentavam até para tomar café. Mas, na verdade, a vida da cidade girava em torno deles.

Mas, a evolução do café que passou pela liquidação dos cafés em pé.

Já havia deixado de lado os cafés sentados alguns anos antes.

Toda a criatividade carioca em ter trazido os cafés para o Rio sumiu ao administrar a sua evolução.

A evolução dos cafés desaguou no Starbruck. e nos seus congênres menos badalados.

O hábito de tomar café e conversar deixou de ser uma prática carioca.

E foi substituida porque novos hábitos?
 
 
 
 
Era diferente e sofisticado.Parecia eterno, mas como tudo perdeu o brilho inicial. O que substituiu os cafés do Rio?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O avô da Estela e a ação subversiva dele na formação dos netos. Acho que esta é a melhor coisa que os avós podem fazer...

A Estela Menezes com quem tive o prazer de trabalhar há muito tempo e de poder continuar trabalhando como se este ciclo nunca tivesse sido interrompido me mandou um e-mail genial sobre o aeroporto Santos Dumont.

Respondi contando as minhas lembranças sobre o aeroporto e a Estela me retornou  contando as suas lembranças infantis com o seu avô que já se revelava diferente ao ser identificado como avô Barros.

Ele não parecia gostar de seu nome de batismo e adotou o sobrenome como nome e pelo que ela conta no seu texto anexo o velho Barros usou desta liberdade diante de todas as coisas que lhe aconteceram na vida e que podiam ser alteradas, bastando usar a imaginação..

Acho que você, como eu, vai ter pena de não ter convivido com o avô Barros...



A pergunta pode ser mais direta: quê tipo de avô você é? Acho que todos os que chegamos neste estágio temos muito a aprender com o Barros...


Se ganho na feira feijão, rapadura, pra que trabalhar?


Já vim da aula com elas atrás de mim. Em casa, do Google, saíram mais algumas: Pra que mentir? Pra que fumar? Pra que brigar? Pra que sofrer? Pra que tanto lero lero? 

E não é que fui agarrada logo por essa De papo pro ar?

Agarrou e me levou com ela até os tempos de eu pequena, no Maracanã, casa do meu avô que adorava o disco, presente dos colegas de trabalho quando se aposentou.

E a vitrola tocava e tocava Não quero outra vida, pescando no rio de Gereré... Mas o meu avô, que nunca pescou na vida, gostava mesmo era de inventar coisas pra encantar a gente.

Como naquela vez em que, cheio de mistérios, convocou toda a criançada pra pegar moscas que ele em seguida fez afogar numa vasilinha com água e, no meio da maior surpresa, ressuscitou com um pouco de farinha de mandioca!

Depois, jurou que foram as rezas e bênçãos que tinha aprendido no seminário, e deixou a gente muito tempo pensando que tinha um avô bruxo ou santo, sei lá. (Só bem mais tarde, por acaso, descobri a explicação científica pro “milagre”. Que talvez até possa lhes revelar, pra vocês  encantarem também seus netos e sobrinhos.)  

No dia a dia, contava histórias do Boca Negra, o cachorro dele que fazia qualquer outro bicho parecer tão bobinho e sem graça... Ou ficava ensinando a gente a rimar e metrificar, porque dizia sempre que ainda ia ter um neto – ou neta – poeta. E quando ventava? Não sossegava enquanto não convencia alguém de que aquelas árvores enormes do morro em frente eram gigantes curvados, cansados de tanta subida...


Outra vez, fui com meus pais e irmãos morar fora do Brasil. No meio da choradeira das despedidas, vovô nos prometeu solenemente que cuidaria muito bem da nossa cachorrinha, mandaria sempre notícias dela.

Algum tempo depois, eis que recebemos um envelope gordo, cheio de fotos da Tiroleza amamentando um monte de gatinhos que, segundo o vovô, ela havia acabado de ganhar! (Até hoje tenho aquelas fotos. Só a magia é que eu não sei aonde foi parar...)

Ah! Não era nada fácil ter um avô assim... Todas as crianças tinham avôs que se chamavam Paulo, João, Felício. Mas o nosso, a gente era obrigado a chamar de Vovô Barros, porque ele não gostava do nome dele que era Benedito e a gente morria de rir.

Quanta saudade! Pra que fui lembrar, meu Deus, se não sei tocar viola e nem tenho papo pra virar pro ar? 

“Quando no terreiro
Faz noite de luar
E vem a saudade
Me atormentar
Eu me vingo dela
Tocando viola
De papo pro ar”


Nota do Autor: Pra quem não conhece e também pra quem conhece, recomendo googlar a música De Papo pro Ar, e se deixar seduzir pelo Ney Matogrosso.

                                                                                       Estela Menezes . abril 2013.