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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Antes foi o Corvo, hoje falo do gato Oscar e o terror aumenta...


No "Por quem os sinos dobram" do Hemingway havia uma cigana em meio aos combatentes na Espanha que "sentia o cheiro da morte" nos soldados. Eles não estavam doentes, nem feridos, eles simplesmente poderiam entrar em combate no dia seguinte, ou nos dias seguintes.E quando ela sentia o cheiro, com certeza não iam voltar.

Ela, se não me engano, Pilar, sabia que aquela pessoa iria morrer.

Agora eis que surge um gato chamado Oscar adotado ainda como um gatinho de um depósito municipal de animais abandonados pelo Steere House Nursing and Rehabilitation Center de Providence, Rhode Island nos Estados Unidos, com habilidade igual.

Oscar nada tinha de estraordinário como gatinho , a não ser uma falta de disposição de ser amável com estranhos, o que não é incomum em gatos.

Só que o Oscar, devido à repetição de um gesto constatado pelos funcionários da Steere, sempre fazia questão de deitar-se no leito junto a pacientes que iam morrer no dia ou nos dias seguintes.

Oscar já predisse 50 mortes, e sua passagem pelos corredores da clínica deve apavorar os residentes que já sabem de sua habilidade.

Saiu um livro este mês escrito pelo dr. David Rosa "Making Rounds With Oscar: The Extraordinary Gift of an Ordinary Cat" que procura ir além do fato jornalístico; a existência de algum hormônio sentido apenas pelos gatos e que possibilite a ele ter esta certeza do fim próximo.

Mas, mistérios são mistérios e quanto há mais tempo sejam mistérios, se tornam mais estranhos.

Semana passada foi encontrada uma estatueta de um gato egípcio com mais de 3000 anos, conservada até hoje no ambiente em que ele devia ser cultuado.Cultuado porque? Já pensou?

Ora, do mesmo modo que o autor do livro 1421, o Menzies explicou que os chineses não inventaram a bússola apenas como uma curiosidade, nem a pólvora para fazer fogos de artifício, mas usaram suas invenções em esquadras poderosas que percorreram todos os mares do mundo, os egípcios talvez não tenham sido adoradores de gatos só por que gatos são adoráveis como estes três aí acima...

Ao longo de muitos anos, até de muitas décadas, tive gatos em minha casa. E com eles mantive um relacionamento mutuamente respeitoso. Nunca imaginei caninizar um gato. Cachorros, que também tive, podem até se felinizar em alguns momentos, mas um gato jamais irá buscar um jornal.

O gato, talvez por seus poderes supersensoriais, pode até picar um jornal, mas apanhá-lo na boca para trazer a seu humano residente, JAMAIS.

Em cima destes fatos sobre gatos há um outro também muito estranho e definitivo: há pessoas que têm horror a gatos.

Neste momento podemos imaginar a razão dos egípcios, uma boa parte deles pelo menos, terem adoração pelos gatos. Se há pessoas que têm horror haverá pessoas que podem ter adoração, não é?

Gatos, e o Oscar mais ainda, não riem, nem fazem nada que possa parecer com isto.

Gatos não demonstram emoções humanas, ronronam por que isto deve agradar-lhes, se esfregam nas pernas das pessoas pelos memos motivos e ficam contentes quando lhes damos bocadinhos de alimentos - depois de cheirarem para saber de sua natureza.

Esta história do Oscar e de sua habilidade em sentir o fim da vida de pessoas próximas me serve (e sugiro que sirva também a você) para olhar os gatos sob nova ótica.

Pela mais simples das razões: eles sabem das coisas, ou pelo menos sabem de uma coisa que preocupa a todos.

E também para que ao assistir a entrega dos prêmios para o pessoal do cinema em Hollywood nas próximas semanas, não fique com inveja do anúncio:

- E o Oscar vai para ...

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