script src="http://www.bluebus.com.br/widgeth.php?width=600">

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O avô da Estela e a ação subversiva dele na formação dos netos. Acho que esta é a melhor coisa que os avós podem fazer...

A Estela Menezes com quem tive o prazer de trabalhar há muito tempo e de poder continuar trabalhando como se este ciclo nunca tivesse sido interrompido me mandou um e-mail genial sobre o aeroporto Santos Dumont.

Respondi contando as minhas lembranças sobre o aeroporto e a Estela me retornou  contando as suas lembranças infantis com o seu avô que já se revelava diferente ao ser identificado como avô Barros.

Ele não parecia gostar de seu nome de batismo e adotou o sobrenome como nome e pelo que ela conta no seu texto anexo o velho Barros usou desta liberdade diante de todas as coisas que lhe aconteceram na vida e que podiam ser alteradas, bastando usar a imaginação..

Acho que você, como eu, vai ter pena de não ter convivido com o avô Barros...



A pergunta pode ser mais direta: quê tipo de avô você é? Acho que todos os que chegamos neste estágio temos muito a aprender com o Barros...


Se ganho na feira feijão, rapadura, pra que trabalhar?


Já vim da aula com elas atrás de mim. Em casa, do Google, saíram mais algumas: Pra que mentir? Pra que fumar? Pra que brigar? Pra que sofrer? Pra que tanto lero lero? 

E não é que fui agarrada logo por essa De papo pro ar?

Agarrou e me levou com ela até os tempos de eu pequena, no Maracanã, casa do meu avô que adorava o disco, presente dos colegas de trabalho quando se aposentou.

E a vitrola tocava e tocava Não quero outra vida, pescando no rio de Gereré... Mas o meu avô, que nunca pescou na vida, gostava mesmo era de inventar coisas pra encantar a gente.

Como naquela vez em que, cheio de mistérios, convocou toda a criançada pra pegar moscas que ele em seguida fez afogar numa vasilinha com água e, no meio da maior surpresa, ressuscitou com um pouco de farinha de mandioca!

Depois, jurou que foram as rezas e bênçãos que tinha aprendido no seminário, e deixou a gente muito tempo pensando que tinha um avô bruxo ou santo, sei lá. (Só bem mais tarde, por acaso, descobri a explicação científica pro “milagre”. Que talvez até possa lhes revelar, pra vocês  encantarem também seus netos e sobrinhos.)  

No dia a dia, contava histórias do Boca Negra, o cachorro dele que fazia qualquer outro bicho parecer tão bobinho e sem graça... Ou ficava ensinando a gente a rimar e metrificar, porque dizia sempre que ainda ia ter um neto – ou neta – poeta. E quando ventava? Não sossegava enquanto não convencia alguém de que aquelas árvores enormes do morro em frente eram gigantes curvados, cansados de tanta subida...


Outra vez, fui com meus pais e irmãos morar fora do Brasil. No meio da choradeira das despedidas, vovô nos prometeu solenemente que cuidaria muito bem da nossa cachorrinha, mandaria sempre notícias dela.

Algum tempo depois, eis que recebemos um envelope gordo, cheio de fotos da Tiroleza amamentando um monte de gatinhos que, segundo o vovô, ela havia acabado de ganhar! (Até hoje tenho aquelas fotos. Só a magia é que eu não sei aonde foi parar...)

Ah! Não era nada fácil ter um avô assim... Todas as crianças tinham avôs que se chamavam Paulo, João, Felício. Mas o nosso, a gente era obrigado a chamar de Vovô Barros, porque ele não gostava do nome dele que era Benedito e a gente morria de rir.

Quanta saudade! Pra que fui lembrar, meu Deus, se não sei tocar viola e nem tenho papo pra virar pro ar? 

“Quando no terreiro
Faz noite de luar
E vem a saudade
Me atormentar
Eu me vingo dela
Tocando viola
De papo pro ar”


Nota do Autor: Pra quem não conhece e também pra quem conhece, recomendo googlar a música De Papo pro Ar, e se deixar seduzir pelo Ney Matogrosso.

                                                                                       Estela Menezes . abril 2013.



sábado, 20 de abril de 2013

São só 1200 anos luz de distância. \\\a notícia de 17 000 anos luz estava MUITO errada!

Enrico Fermi, o físico italiano que foi um dos pais da bomba atômica em 1945 formulou uma pergunta até hoje sem resposta.

- Estaremos sozinhos no Universo?

Bilhões de galáxias, bilhões e bilhões de estrelas a distâncias já medidas por nós na Terra 17 bilhões de anos luz de distância ... é difícil admitir que não haja vida em outros pontos do Universo.

Cientistas agora descobriram pelo material coletado pela sonda Kepler que há pelo menos dois planetas que teriam condições de ter vida como a Terra abriga.

É meio longe: 1200 anos luz de distância - ou seja a imagem que hoje recebemos destes possíveis planetas saiu de lá no ano de 813 d.C de nosso tempo terrestre.

Se a velocidade da luz é o limite, é inimaginável pensar numa expedição até lá.

Imaginemos uma estação espacial gigantesca - um mundo artificial - esqueça a ideia limitada de satélite.

Povoe este planeta artificial e impulsionemos o objeto em direção ao passado , suponhamos numa velocidade próxima à da luz no vácuo.

Seriam necessárias umas 4000 gerações de astronautas que a tripulem, que tenham filhos, netos etc para ao fim de 4000 gerações chegarem até o planeta.

O que é fantástico é que a nossa especie humana minúscula e com a vida tão curta seja capaz de ao simplesmente observar uma estrela distante a 1200 anos luz ser capaz de mensurar as mudanças no seu brilho provocado pela passagem dos planetas diante dela, reduzindo o seu brilho  e nos dizendo que  está lá.

Para todos os fins práticos a indagação de Fermi continua sem resposta.

Para todos os fins estamos sozinhos em nosso planetinha azul.

E se isto é mesmo o nosso destino temos de comemorar muito, pois a nossa especie empreendedora  é capuz de fazer estas descobertas.

E talvez só consiga chegar a estas deduções com a ajuda de Deus, que neste caso seria mesmo a maior conquista de nossa inteligência.

Ou seria exatamente o contrário?