O CORVO(1845)
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio Dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
(Tradução de Fernando Pessoa)
THE RAVEN (1845)
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door-
Only this, and nothing more."
Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow;- vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow- sorrow for the lost Lenore-
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore-
Nameless here for evermore.
And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me- filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
"'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door-
Some late visitor entreating entrance at my chamber door;-
This it is, and nothing more."
Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you"- here I opened wide the door;-
Darkness there, and nothing more.
Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore!"
This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"-
Merely this, and nothing more.
Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
"Surely," said I, "surely that is something at my window lattice:
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore-
Let my heart be still a moment and this mystery explore;-
'Tis the wind and nothing more."
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door-
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door-
Perched, and sat, and nothing more.
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore.
"Though thy crest be shorn and shaven, thou," I said, "art sure no craven,
Ghastly grim and ancient raven wandering from the Nightly shore-
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning- little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blest with seeing bird above his chamber door-
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as "Nevermore."
But the raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered- not a feather then he fluttered-
Till I scarcely more than muttered, "other friends have flown before-
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before."
Then the bird said, "Nevermore."
Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless," said I, "what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore-
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of 'Never- nevermore'."
But the Raven still beguiling all my fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and door;
Then upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore-
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt and ominous bird of yore
Meant in croaking "Nevermore."
This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamplight gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamplight gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!
Then methought the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose footfalls tinkled on the tufted floor.
"Wretch," I cried, "thy God hath lent thee- by these angels he hath sent thee
Respite- respite and nepenthe, from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."
"Prophet!" said I, "thing of evil!- prophet still, if bird or devil!-
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted-
On this home by horror haunted- tell me truly, I implore-
Is there- is there balm in Gilead?- tell me- tell me, I implore!"
Quoth the Raven, "Nevermore."
"Prophet!" said I, "thing of evil- prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us- by that God we both adore-
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore-
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore."
Quoth the Raven, "Nevermore."
"Be that word our sign in parting, bird or fiend," I shrieked, upstarting-
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken!- quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"
Quoth the Raven, "Nevermore."
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted- nevermore!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Never more, nunca mais, mas...
Este post é um convite para um mergulho na sua alma, na sua mente e quando isto acontece os resultados podem não ser muito agradáveis.
Mas, será que vale a pena?
Você lê, você julga.
Lá vai: a expressão Nunca Mais é uma das mais definidas e definitivas expressões humanas. Você há de concordar comigo que nossa sempre rápida existência - mesmo vivendo mais de 100 anos - é um nada em relação aos milhões de anos de vida na Terra.
Dai frequentemente nos vermos diante de situações NUNCA MAIS.
Há situações NUNCA MAIS dramáticas, que demoram a esmaecer em nossa memória e em nossas paixões e situações NUNCA MAIS tão fraquinhas que no dia seguinte já começam a ser definitivamente esquecidas.
Mas, não há nada falado ou escrito que supere a realidade, vivida.
Minha primeira situação NUNCA MAIS identificada por mim como NUNCA MAIS foi a morte prematura de meu padrinho e amigo quando eu tinha 17 anos.
Ao vê-lo no caixão pronto para ser enterrado me dei conta do NUNCA MAIS. NUNCA MAIS conversas sobre o mundo, sobre os negócios, sobre as amizades, sobre a politica e suas consequências. Nada em especial, mas a amizade do menino com o padrinho ali naquele momento passava a ser um NUNCA MAIS definitivo.
Ainda não havia lido o Corvo de Edgar Alan Poe em que o Nevermore tornara-se em obra prima literária, universal.
Em português há duas traduções notáveis do Corvo. Uma de Fernando Pessoa e outra de Machado de Assis.
Para trazer o mistério por trás do NUNCA MAIS preferi usar e transcrever nesta Liberdade Carioca a tradução de Fernando Pessoa. Algumas sonoridades lusas, na minha opinião, emolduram de forma mais dramática conotações que não assomam tão facilmente assim à nossa consciência.
Mas, o que assoma à consciência é o que me levou de fato a escrever este texto.
Hoje pela manhã, ao vir para o escritório, entrevi andando nas margens da Lagoa um cidadão que durante um milésimo de segundo pareceu meu pai morto em 1973. No milésimo de segundo seguinte vi que se havia alguma semelhança estava nos óculos escuros antigos e na estatura mediana.
A sensação de derrogar - por um milésimo de segundo que seja - o NUNCA MAIS é no entanto muito prazerosa.
Tal como em sonhos em que pessoas amadas que se foram aparecem em situações novas em que a morte deixa de existir - sempre de forma surpreendente - tornam a lembrança daquela noite uma ocasião memorável. Mesmo quando a situação vivida em sonho seja uma completa bobagem, sem lógica, sem entrosamento com o momento anterior, sem consequências para os momentos seguintes.
Mas, a sensação final é parecida como uma viagem contada por alguém quando não temos a menor intenção ou possibilidade de vir a fazê-la.
O NUNCA MAIS vive em nossa memória, e tem nela - ou na mente - a única possibilidade real de deixar de ser, por milésimos de segundos que seja, um NUNCA MAIS definitivo.
O CORVO em inglês e português foi exposto acima.Ao mesmo tempo você vai ler Poe e Pessoa. Aproveite.
Mas, será que vale a pena?
Você lê, você julga.
Lá vai: a expressão Nunca Mais é uma das mais definidas e definitivas expressões humanas. Você há de concordar comigo que nossa sempre rápida existência - mesmo vivendo mais de 100 anos - é um nada em relação aos milhões de anos de vida na Terra.
Dai frequentemente nos vermos diante de situações NUNCA MAIS.
Há situações NUNCA MAIS dramáticas, que demoram a esmaecer em nossa memória e em nossas paixões e situações NUNCA MAIS tão fraquinhas que no dia seguinte já começam a ser definitivamente esquecidas.
Mas, não há nada falado ou escrito que supere a realidade, vivida.
Minha primeira situação NUNCA MAIS identificada por mim como NUNCA MAIS foi a morte prematura de meu padrinho e amigo quando eu tinha 17 anos.
Ao vê-lo no caixão pronto para ser enterrado me dei conta do NUNCA MAIS. NUNCA MAIS conversas sobre o mundo, sobre os negócios, sobre as amizades, sobre a politica e suas consequências. Nada em especial, mas a amizade do menino com o padrinho ali naquele momento passava a ser um NUNCA MAIS definitivo.
Ainda não havia lido o Corvo de Edgar Alan Poe em que o Nevermore tornara-se em obra prima literária, universal.
Em português há duas traduções notáveis do Corvo. Uma de Fernando Pessoa e outra de Machado de Assis.
Para trazer o mistério por trás do NUNCA MAIS preferi usar e transcrever nesta Liberdade Carioca a tradução de Fernando Pessoa. Algumas sonoridades lusas, na minha opinião, emolduram de forma mais dramática conotações que não assomam tão facilmente assim à nossa consciência.
Mas, o que assoma à consciência é o que me levou de fato a escrever este texto.
Hoje pela manhã, ao vir para o escritório, entrevi andando nas margens da Lagoa um cidadão que durante um milésimo de segundo pareceu meu pai morto em 1973. No milésimo de segundo seguinte vi que se havia alguma semelhança estava nos óculos escuros antigos e na estatura mediana.
A sensação de derrogar - por um milésimo de segundo que seja - o NUNCA MAIS é no entanto muito prazerosa.
Tal como em sonhos em que pessoas amadas que se foram aparecem em situações novas em que a morte deixa de existir - sempre de forma surpreendente - tornam a lembrança daquela noite uma ocasião memorável. Mesmo quando a situação vivida em sonho seja uma completa bobagem, sem lógica, sem entrosamento com o momento anterior, sem consequências para os momentos seguintes.
Mas, a sensação final é parecida como uma viagem contada por alguém quando não temos a menor intenção ou possibilidade de vir a fazê-la.
O NUNCA MAIS vive em nossa memória, e tem nela - ou na mente - a única possibilidade real de deixar de ser, por milésimos de segundos que seja, um NUNCA MAIS definitivo.
O CORVO em inglês e português foi exposto acima.Ao mesmo tempo você vai ler Poe e Pessoa. Aproveite.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Caixas de dormir para você usar em lugares públicos.
Coisa de russos... Uma caixa com funções semelhantes a guardadores automáticos de bagagens em que você entra, tem lugar para guardar sua pequena "bagagem", deita sobre um leito macio, recoberto de lençois que saem da parede cada vez que se encerra o período de permanência.
Não tem banheiro, nem pia, nem nada relacionado à higiene em nossos termos.
Período mínimo de utilização de 15 minutos.
Veja você mesmo no http://www.pubeditions.com/2010/01/caixa-para-dormir.html#comment-form
Tem acesso wireless, vídeo, ar renovado (algo que eles devem ter tomado de um motel já não mais em função na Rio-Teresópolis...)e sugerem o uso em estações de trem , shoppings, lugares públicos.
O espaço não é muito amplo, mas evidentemente não há proibição para ocupação por mais de uma pessoa.
Aqui no Rio você acha que este troço poderia funcionar?
E em São Paulo?
Em que cidade, ou em que tipo de cidade isto poderia dar certo?
Não tem banheiro, nem pia, nem nada relacionado à higiene em nossos termos.
Período mínimo de utilização de 15 minutos.
Veja você mesmo no http://www.pubeditions.com/2010/01/caixa-para-dormir.html#comment-form
Tem acesso wireless, vídeo, ar renovado (algo que eles devem ter tomado de um motel já não mais em função na Rio-Teresópolis...)e sugerem o uso em estações de trem , shoppings, lugares públicos.
O espaço não é muito amplo, mas evidentemente não há proibição para ocupação por mais de uma pessoa.
Aqui no Rio você acha que este troço poderia funcionar?
E em São Paulo?
Em que cidade, ou em que tipo de cidade isto poderia dar certo?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Como contar vantagens sem parecer estar mentindo...
Há algum tempo o publicitário Al Ries veio ao Brasil e disse em síntese que a comunicação do futuro das empresas seria principalmente a corporativa.
Tarefa que cabe mais às agências de RP do que às demais agências de comunicação.
Na essência ele dizia que diante da notoriedade das empresas ou organizações os clientes - quando precisassem de seus serviços - iriam procurá-las devido exatamente à sua projeção no consciente de todos.
Tomou muita pancada, pois isto parecia meio absurdo.
Passado o tempo - pelo menos uns 5 anos - a cada dia se percebe - em especial na Internet - que depende cada vez mais da iniciativa do cliente chegar a seus fornecedores do que a comunicação do fornecedor convencer um cliente qualquer a preferi-lo.
Hoje, uma jornalista americana JESSICA STILLMAN fala no seu blog que uma nova arte a ser desenvolvida é a arte de contar vantagens sobre si próprio na medida certa para que quem ouça não ache que você está mentindo ou que é um cabotino digno de desprezo.
O mesmo que se aplica às empresas, se aplica ainda mais às pessoas.
Vamos debater este tema?
Tarefa que cabe mais às agências de RP do que às demais agências de comunicação.
Na essência ele dizia que diante da notoriedade das empresas ou organizações os clientes - quando precisassem de seus serviços - iriam procurá-las devido exatamente à sua projeção no consciente de todos.
Tomou muita pancada, pois isto parecia meio absurdo.
Passado o tempo - pelo menos uns 5 anos - a cada dia se percebe - em especial na Internet - que depende cada vez mais da iniciativa do cliente chegar a seus fornecedores do que a comunicação do fornecedor convencer um cliente qualquer a preferi-lo.
Hoje, uma jornalista americana JESSICA STILLMAN fala no seu blog que uma nova arte a ser desenvolvida é a arte de contar vantagens sobre si próprio na medida certa para que quem ouça não ache que você está mentindo ou que é um cabotino digno de desprezo.
O mesmo que se aplica às empresas, se aplica ainda mais às pessoas.
Vamos debater este tema?
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Hoje isto não poderia ser feito.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigjmrZCoAcHY7UpqTVua6lTCNx_5q9yLBum-OOAOh5__pHv3Dm106QcOyh0iIURS3mkr6KFJrgpTjaI9pFej8vQT4UkctZe2mmB-Vt_hyD-QpZB5xRRcuTmViWb5bZ8QWib9QspyBLdyI/s400/viuva.jpg)
Veja esta foto da avenida Pasteur com o morro da Viuva ao fundo.
No primeiro plano está o Hospital Juliano Moreira, diante da praia da Saudade, longe de tudo e de todos.
Era o ambiente criado pelo médico Juliano Moreira para tratar das pessoas com problemas mentais.
Ao lado a praia de Botafogo bucólica e bela.
Em frente a pedra que pertencia à fazenda da Viuva Lacerda começava a ser desbastada para criar a primeira pista externa em torno da pedra.
Fico imaginando o bode que uma coisa como esta daria hoje.
É algo semelhante a aterrar em volta da pedra do Leme para criar mais uma avenida à beira mar e mais uma área para plantar edifícios.
Mas, o Rio de Janeiro, tão bonito sempre, foi criado pelos cariocas e a cada novidade me parece que fica melhor.
Tudo isto para comentar o bafafá da obra do edifício da Eletrobras na Lapa.
Meu palpite é que vai acabar dando certo e todos vamos gostar do prédio quando ele ficar pronto.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Politicamente INCORRETO
Ontem, domingo dia 10 de janeiro de 2010, o Canal Livre da TV Bandeirantes colocou no ar a entrevista de um meteorologista notável, com todos os cursos que se possa desejar para ser um bom meteorologista, que colocou numa situação muito complicada os arautos do aquecimento global.
Tanto o gerado pelos homens quanto o aquecimento global - com temperaturas subindo em toda a Terra.
Há algum tempo ouvi uma gracinha para desmoralizar as previsões de economistas e as previsões dos meteorologistas.
Dizia a piada que tanto uns como os outros fazem previsões sobre o que vai acontecer.
A diferença entre eles é que ao menos os meteorologistas podem olhar pela janela antes de dizerem o que acham que vai acontecer...
Pois bem, se você ouvir a entrevista toda vai sentir o abalo nas suas convicções quanto a este tema.
Acesse http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp
Tanto o gerado pelos homens quanto o aquecimento global - com temperaturas subindo em toda a Terra.
Há algum tempo ouvi uma gracinha para desmoralizar as previsões de economistas e as previsões dos meteorologistas.
Dizia a piada que tanto uns como os outros fazem previsões sobre o que vai acontecer.
A diferença entre eles é que ao menos os meteorologistas podem olhar pela janela antes de dizerem o que acham que vai acontecer...
Pois bem, se você ouvir a entrevista toda vai sentir o abalo nas suas convicções quanto a este tema.
Acesse http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Este Tales sabia mais há 2600 anos do que ...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM15feKSikzMZL4oWXPfB9j1FFN6i32ES9-Qr_osu0OaKN7M-mrtBTuHs2hjmgsY_kZK1pP6uSj_hfSD2ZdjDYVV1hopnOrOF_O4IuzeiA4Ec2EJZH8GvgOFHwqlAIEQTEuiqbIzrFxpk/s400/thales.jpg)
Pode escolher o nome depois das reticências do título acima.
O Tales, além de ter criado o Teorema Angular de Tales, que nos ensinou que os três ângulos do triângulo somavam 180° e daí concluiu coisas como o tamanho da Terra, quando iriam ocorrer eclipses e uma porção de outras coisas, ele foi realmente um sábio.
Sábio que não se limitava a pensar, tornando o pensamento em vício. Ele pensava e chegava a conclusões que asseguraram a sua riqueza baseada apenas no que sabia ou deduzia.
Numa época, quando já era considerado um sábio, deduziu que a safra de azeitonas devido às condições climáticas seria imensa.
Azeitonas precisam ser transformadas em azeite e para isto precisam ser prensadas.
Pois bem, o Tales arrendou todas as prensas de azeite da região e quando chegou a safra toda a prensagem foi feita por ele, e a maior parte do lucro veio para o seu bolso.
Um cara assim tinha de ser ouvido e todos queriam saber as suas opiniões e seus conselhos sobre tudo.
Ficou registrada a "entrevista" de um sofista que desejava confundi-lo com perguntas para as quais todos tinham uma tendência de enrolar o entrevistador.
Veja a seguir as respostas de Tales - de pronto sem tempo para pensar mais - às perguntas do indigitado sofista:
1 - Qual é a coisa mais antiga?
- Deus, porque sempre tem existido.
2 - Qual é a coisa mais formosa?
- O Universo, porque é obra de Deus.
3 - Qual é a maior de todas as coisas?
- O Espaço, porque contém todo o Criador.
4 - Qual é a coisa mais constante?
- A esperança, porque permanece no homem depois que ele haja perdido tudo o mais.
5 - Qual é a melhor de todas as coisas?
- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom.
6 - Qual é a coisa mais rápida de todas as coisas?
- O Pensamento, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo.
7 - Qual é a mais forte de todas as coisas?
- A Necessidade, porque faz com que o o homem enfrente todos os perigos da vida.
8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas?
- Dar conselhos
Na 9ª pergunta Tales demonstrou mais do que nas outras oito o seu entendimento do que era, e seria o homem enquanto existisse:
9 - Qual é a mais díficil de todas as coisas?
- Conhecer a si mesmo.
É pouco ou você acha suficiente para começar bem este ano de 2010?
Muito mais Liberdade neste ano novo
Este blog tem um administrador que o inventou, mas não deverá ter um dono.
Espero.
O conceito de Liberdade implica na abertura de espaço para você que o lê postar o que ache que deva ser postado sobre qualquer tema ou assunto.
É a versão atualizada e incrementada do "speaker's corner" do Hyde Park onde pessoas com seus caixotinhos discursavam e discursam para os passantes, também sobre qualquer tema.
Há liberdade para muitos malucos (loucos de todo o gênero) que somente depois de falarem vão saber se haverá quem os ouça.
Aqui, a mesma liberdade vale, mas todas as postagens terão de ser autorizadas por mim.
Quando (e se) eu achar algo que poderia merecer um veto - seja devido à pura incompreensão do que foi escrito, seja pelo motivo que for - caso o autot me autorize antes, vou tentar negociar com ele ou com ela para tentar viabilizar a postagem.
É um risco que vou correr e que talvez até inviabilize o blog para minha grande tristeza.
Detalhe a ser informado de forma bem clara: não há temas proibidos. Haverá maneiras de proibir os temas mais inocentes se forem mal conduzidos.
Critérios ditados por quem? Pois é, por mim mesmo.
Este blog está sujeito a um contínuo processo de aprimoramento.
Portanto tudo poderá mudar em função do que estiver acontecendo.
Acho que vamos nos divertir muito enquanto a Liberdade Carioca existir.
Espero.
O conceito de Liberdade implica na abertura de espaço para você que o lê postar o que ache que deva ser postado sobre qualquer tema ou assunto.
É a versão atualizada e incrementada do "speaker's corner" do Hyde Park onde pessoas com seus caixotinhos discursavam e discursam para os passantes, também sobre qualquer tema.
Há liberdade para muitos malucos (loucos de todo o gênero) que somente depois de falarem vão saber se haverá quem os ouça.
Aqui, a mesma liberdade vale, mas todas as postagens terão de ser autorizadas por mim.
Quando (e se) eu achar algo que poderia merecer um veto - seja devido à pura incompreensão do que foi escrito, seja pelo motivo que for - caso o autot me autorize antes, vou tentar negociar com ele ou com ela para tentar viabilizar a postagem.
É um risco que vou correr e que talvez até inviabilize o blog para minha grande tristeza.
Detalhe a ser informado de forma bem clara: não há temas proibidos. Haverá maneiras de proibir os temas mais inocentes se forem mal conduzidos.
Critérios ditados por quem? Pois é, por mim mesmo.
Este blog está sujeito a um contínuo processo de aprimoramento.
Portanto tudo poderá mudar em função do que estiver acontecendo.
Acho que vamos nos divertir muito enquanto a Liberdade Carioca existir.
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Ano 1 Número 1,
Convite aos Colaboradores,
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